Quando eu era um bebê, meus pais tinham que trabalhar duro para me sustentar. Enquanto eles trabalhavam longas horas, minha avó (mãe do meu pai) tomava conta de mim na casa dela. Na época ela vivia com meu pai e meu tio que tinha entre 16 ou 17 anos. Meus pais geralmente me levavam para casa deles por volta das 6h da manhã, e ela me botava no meu berço e eu dormia o resto da manhã.
Um dia, ela tinha que ir ao banco urgentemente e meu avô tinha ido para o trabalho mais cedo, então ela teve que acordar meu tio para que ele ficasse de olho em mim enquanto ela estava fora. Ele começou a jogar vídeo games e ligou a babá eletrônica para que pudesse ouvir caso eu começasse a chorar. Alguns minutos depois, podia me ouvir tossindo e me revirando no berço, e eventualmente eu comecei a resmungar um pouco. Ele estava prestes a se levantar quando ouviu alguém me silenciando. "Olá," a pessoa disse em um tom confortante. Então começou a cantarolar. Eu parei de chorar. Ele achou que era minha avó, então foi até o quarto onde eu estava para cumprimentá-la, mas apenas eu estava no quarto, sã e salva no meu berço. Ele chamou-a pela casa, e olhou do lado de fora pela janela mas o carro não estava lá. Ele era o único em casa. Então supôs que o monitor tinha pego outra frequência e deu os ombros. Ele continuou a jogar, até que me ouviu me revirando no berço de novo.
"Olá," disse a voz novamente, mas dessa vez era menos doce, e quase soava malvada.
"Eu não sou real" a voz sussurrou em um tom apressado. "Eu tenho que pegá-los antes de pegar você."
Imediatamente ele invadiu meu quarto, mas, novamente, só eu estava lá. Nós estávamos sozinhos. Ele me pegou e me levou para fora e esperou até que minha vó voltasse para casa. Disse a ela o que tinha acontecido e obviamente ela falou para meus pais. De primeira minha família estava assustada, mas todo mundo meio que foi esquecendo com o tempo.
Até que eu fizesse 15 anos. Em uma noite, eu voltei para casa de uma festa lá pelas onze da noite para dormir na minha cama. Eu dormir bem rápido, mas por volta das 2 da manhã minha mãe me viu andando sem rumo pelo corredor. Ela me chamou para o quarto com ela, e eu me ajoelhei do lado da cama dela e sorri, mas eu não falei ou respondi uma palavra a ela. Não me lembro disso, eu estava inconsciente. Finalmente, ela me cutucou e eu acordei de sobressalto, surpresa por não estar em meu quarto. Ela me falou que eu estava andando dormindo pela casa e voltei para meu quarto. Na manhã seguinte, eu dei um olhada no meu celular e vi que tinha mandando três mensagens para minha melhor amiga. Haviam três pequenas frases, mas ainda assim aterrorizantes:
"Olá."
"Eu não sou real"
"Eu tenho de pegá-los antes de pegar você."
Assista também o vídeo da narração dessa história aqui abaixo.