quarta-feira, 22 de julho de 2015

Você conhece o Capelobo?





Olá galera, vou lhes contar uma história, ou melhor, uma lenda, mas primeiro vou lhes contar o motivo de que me levou a querer falar sobre a mesma.

Há algumas semanas eu estava assistindo vídeos na internet quando ao abrir um não consegui ver direito a criatura que era o tema principal desse vídeo, então resolvi baixar o mesmo e assistir por um programa no meu pc, e ao ver melhor a criatura eu o reconheci logo de cara, pois já tinha lido a lenda dela há um bom tempo atrás e era inconfudivel. 


Esta Lenda é muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome capelobo, também chamado cupelobo é a união de um nome de significado provavelmente indígena, onde cape (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas: Forma de animal onde parece com uma anta, porém com características mais distintas, é mais rápido, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e com longa crina, muito peludo e extremamente feio, sempre perambula pelos campos, especialmente em várzeas. Já na forma semi-humana, aparece com um corpo humano com focinho de tamanduá e corpo arredondado.

Costuma sair à noite, rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, denuncia-se pelos gritos e tem o pé em forma de fundo de garrafa. Mata cães e gatos recém-nascidos para devorar. Encontrando bicho de grande porte ou caçador, rasga-lhe a carótida e bebe o sangue. Só pode ser morto com um ferimento no umbigo.


Fonte: medieval legends.


            Analisando bem, o capelobo é uma criatura do folclore brasileiro, mas a pouco tempo atrás um vídeo mostrando uma criatura com as características similares a criatura devoradora de crias da lenda me fez pensar se realmente só seria uma lenda. Observando o ponto histórico das civilizações, as lendas e mitos de um povo eram baseados em alguns fenômenos ou criaturas diferentes que a natureza produzia e não eram compreendidos por esse povo.



            Depois de tudo que você leu e assistiu aqui sobre esse tópico é você que ira decidir em que acreditar. Então, carpe diem! Aproveite cada dia como se fosse o ultimo pois nunca sabemos quando um capelobo irá nos matar para beber do nosso sangue!


se casos você é como eu e tem preguiça de ler, não fique triste pois aqui tem um vídeo narrando essa lenda (obs.: a partir do vídeo presente na narrativa o áudio fica ruim).



sexta-feira, 10 de julho de 2015

a verdadeira mula sem cabeça - "ISOLLYNA"



Isollyna era uma senhora que aparentava ter uns setenta anos de idade. Em sua casa, ela criava sete gatos pretos. Não deixava de ser uma idosa estranha. Possuía uma longa cabeleira loira, escondida sempre por lenços coloridos. Em sua testa, ela trazia uma verruga enorme e, no centro dessa verruga, notavam-se três pequenos fios de cabelos negros. Fora casada, porém não tinha filhos.
Fonte: Histórias do André victtor
Nunca mais me esqueci de todas as coisas que contavam sobre ela. Agora, vocês também conhecerão a sua história...

Ela era a sétima filha de um sétimo filho. Era, ainda, fruto de um incesto, ou seja, na verdade ela era filha de dois irmãos que, por obra do destino, foram separados quando crianças e entregues para dois donos de circos que passaram por minha cidade entre os anos de 1890 e 1891. Dizem que os irmãos voltaram a se encontrar novamente quinze anos mais tarde, vivendo a partir daí, como casal, uma vida conjugal.

Quando Isollyna nasceu, seus braços tinham a curvatura contrária, ou seja, os cotovelos localizavam-se na parte da frente dos braços. Na sola de seus pés e nas palmas das mãos, Isollyna tinha grossos cascos e, como se isso não bastasse, uma pequena crina nascia na parte de cima de sua cabeça e seguia até o meio de suas costas. Não se sabia o porquê daquilo. Seu parto foi feito na zona rural, sob os cuidados de uma parteira, o que era usual naquela época.

Contam que o seu pai, o senhor Jarbaz, era um homem muito esquisito, suspeito de roubar, naquela região, crias equinas que levava para sua casa dentro de um saco, após esquartejá-las no meio do mato. Parecia que as éguas sentiam a morte dos filhotes, pois choravam por alguns dias, até que os fazendeiros e sitiantes achavam, depois de um tempo, somente as cabeças e os pés daqueles cavalinhos.

O fato de Isollyna ter nascido daquele jeito talvez fosse um castigo para Jarbaz, por ter assassinado vários potrinhos que ainda nem haviam desmamado. Contudo, a menina cresceu e seus problemas foram minimizados por várias cirurgias custeadas pela comunidade rural onde morava. Ela foi levada para fazer correções ortopédicas em são Paulo durante muitos anos.

O tempo passou e seus pais morreram de uma doença desconhecida. Isollyna, já moça, resolveu se casar com um tal de Rovilson, após namorá-lo por poucos meses. Rovilson era um rapaz simples, trabalhador rural e meio beberrão (gostava de tomar umas e outras). Nos finais de semana, ele sempre voltava para casa embriagado e Isollyna lhe dava a maior bronca.

Certo dia, uma sexta-feira de Quaresma, Rovilson acorda assustado com o barulho de trotes que vinha de seu quintal. Parecia que um cavalo furioso rondava a sua casa e se debatia pelas paredes, tentando entrar pela porta principal.

Rovilson gritou várias vezes por sua mulher, Isollyna, porém, ela não estava dentro de casa, havia sumido da cama durante aquela noite. Cada vez que Rovilson a chamava, aquele cavalo relinchava lá fora.

Ele então resolveu sondar por um pequeno buraco da janela de seu quarto. Quando aquele animal veio dos fundos da casa e passou em frente da janela, Rovilson ficou apavorado. Era uma enorme égua branca e possuía uma crina loira com alguns lenços amarrados. Mas, o terror tomou conta de sua mente quando ele viu que estava faltando alguma coisa no animal: A cabeça daquela égua simplesmente não existia!

Rovilson havia se casado com uma mulher que virava a verdadeira mula sem cabeça...

Rezando todas as rezas que conhecia, ele aguardou o dia clarear e desapareceu da vida de Isollyna para sempre. Depois disso, Isollyna nunca mais se casou e seus sete gatos pretos eram suas únicas companhias.

A transformação em mula sem cabeça era o carma que Isollyna tinha que carregar eternamente para, assim, pagar pelo pecado cometido por seu pai.

Talvez isso fosse uma maldição lançada pelo sentimento coletivo de todas aquelas éguas, que tiveram suas crias assassinadas cruelmente no passado...

Fonte: Lendas de sangue