terça-feira, 17 de maio de 2016

duas múmias famosas por terem supostamente matado seus descobridores




Otzi, também conhecido como Homem do Gelo, também está sendo chamado de "A múmia assassina". Os restos mortais congelados foram descobertos em 19 de setembro de 1991, por um turista alemão, Helmut Simon, na fronteira montanhosa entre Itália e Àustria, Alpes do Ti.

Otzi, também conhecido como Homem do Gelo, está sendo chamado de "A múmia assassina". O restos mortais congelados foram descobertos em 19 de setembro de 1991, por um turista alemão, Helmut Simon, na fronteira montanhosa entre Itália e Àustria, Alpes do Tirol, na região chamada Vale de Otzi (ou Oetzi), que emprestou o nome à múmia.

A notícia sensacional ocupou manchetes de todo o mundo: o achado tinha cinco mil e trezentos anos de idade e estava em inigualável estado de conservação, tanto o corpo quanto os objetos com ele encontrados, como vestuário e utensílios. Cientistas de todo mundo mobilizaram-se para extrair do cadáver o máximo de informações sobre a vida do homem primitivo da Europa Neolítica.

Os primeiros exames começaram a revelar enigmas intrigantes: as roupas apresentaram manchas de sangue cujo DNA mostrou pertencerem a quatro indivíduos. Além disso, o crânio, submetido a raio X, mostrou fragmentos de pontas de flechas. Concluiu-se que Otzi teve morte violenta, por agressão. Ele morreu aos 46 anos, superando a média de vida de seus contemporâneos. Possuía tatuagens numerosas e intrincadas sugerindo que o Homem do Gelo poderia ser um shaman.

A análise dos objetos encontrados produziu resultados estranhos: as flechas que Otzi portava têm sete mil anos; o machado, dois mil anos e a pele do gorro que usava, nos Alpes, pertence a um tipo de caprino que viveu na China, hoje extinto. Estes fatos tornam-se inexplicáveis diante dos estudos sobre a "geografia da vida" de Otzi. Em 11 de novembro de 2003, o site da BBC online publicava:


Resgate de Otzi, em 1991

"Cientistas identificaram o provável local de nascimento de Otzi, o famoso homem do gelo. O antigo caçador provavelmente passou sua infância no local em que hoje é a vila de Feldthurns, no Tirol do sul, região de fala alemã no norte da Itália. As evidências sugerem que as viagens que ele fez durante sua vida ficaram restritas a 60 km de distância ao sudeste de onde seu corpo foi encontrado.

A múmia congelada de 5.300 anos foi descoberta após o derretimento de uma geleira na fronteira montanhosa entre a Itália e a Áustria em 1991. Desde então, cientistas têm feito estudos detalhados de como ele viveu e morreu. A última pesquisa, publicada na revista Science, observou átomos isotópicos encontrados nos dentes e nos ossos do homem de gelo. Eles foram comparados com exemplares de solo e água de uma vasta região dos Alpes. Minerais da dieta alimentar são depositados no corpo em tempos diferentes - nos dentes, por exemplo, durante a infância, e nos ossos, durante a vida adulta. Isso permitiu com que pesquisadores na Austrália, nos Estados Unidos e na Suíça deduzissem onde Otzi viveu em diferentes fases de sua vida.

O grupo acredita que seus movimentos ficaram restritos a alguns vales em uma distância de 60 km a sudeste de onde o corpo foi encontrado. Ele nunca se movimentou ao norte desse ponto e provavelmente cresceu no vale de Eisack, no sul da região do Tirol. Diversos sítios arqueológicos na área delimitada e ao redor da região foram identificados.

Os cientistas acreditam que Feldthurns é a mais provável região onde o homem do gelo passou sua infância. Um pouco mais tarde, ele foi para o norte, para as montanhas de Vinschgau, antes de viajar para o vale de Otiz, onde morreu, aos 46 anos.

Segundo Alexander Halliday, do Departamento de Ciências da Terra de Zurique, "essa é a primeira vez que alguém faz um estudo detalhado da migração de um ser-humano no passado". Parece que ele viveu a maior parte de sua vida em um vale diferente de onde ele nasceu", acrescentou.


Machado e Gorro ede Otzi: Museo Archeologico dell'Alto Adige, Bolzano (Italia)

A pesquisa revela que o homem do gelo passou sua infância nos vales ao sul dos Alpes, antes de migrar para o norte, já na vida adulta. Uma outra opção aventada é a de que o homem do gelo passou seus verões nas montanhas e os invernos nos vales.Esse é um padrão de migração que começou no período neolítico e ainda está em prática até os dias de hoje." [IN http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/
story/2003/11/031031_icemancl.shtml
]


As limitações físico-espaciais das andanças de Oetzi, tornam muito enigmáticas as características dos objetos com ele encontrados. Partindo do pressuposto de foi um shaman, há teóricos que já cogitam a possibilidade de Oetzi ser um antigo sacerdote pagão, pertencente a algum culto desconhecido e dotado de habilidades sobrenaturais que lhe permitiram viajar no tempo. Admitindo essa hipótese como verdadeira, a todas estas estranhezas, somam-se fatos sugestivos de que a múmia pode estar "enfeitiçada", ou amaldiçoada.

Tal como no caso de das múmias egípcias, em especial à de Tucancamon, Otzi, se era um místico poderoso, tratou de "fechar o corpo" com algum tipo de praga vingadora capaz de aniquilar qualquer um que lhe toque o cadáver. Essas maldições eram comuns entre os místicos da antiguidade mais remota. Fatos subseqüentes à descoberta do corpo permitem considerar que a maldição de Otzi está em atividade causando a morte daqueles que têm lidado com os restos mortais.

A primeira vítima foi o próprio descobridor, Helmut Simon. Ele havia recebido cem mil dólares como prêmio pela descoberta. Radiante, resolveu voltar ao Vale. O tempo estava claro, tudo parecia bem, porém, subitamente, Helmult viu-se envolto em uma imprevista tempestade de neve. Ele morreu congelado. Foi encontrado caído na mesma posição em que Otzi foi descoberto. O chefe da equipe de resgate que localizou Helmut também morreu: ataque cardíaco, uma hora antes do alemão ser enterrado.

Doutor Rainer Henn, que conduziu a perícia no corpo de Otzi, foi o terceiro, vítima fatal de um acidente com seu automóvel quando se dirigia a uma conferência científica dedicada à descoberta do Homem do Gelo. O quarto amaldiçoado foi o montanhista profissional Kurt Fritz, que organizou uma expedição ao "sítio do shaman". Lá chegando, de helicóptero, estando em uma área que ele conhecia perfeitamente, foi surpreendido por uma avalanche e sucumbiu sob a camada de neve. Outro montanhista que o acompanhava, escapou.

O jornalista austríaco, Rainer Heozel, lançou um documentário sobre Otzi: morreu em dois anos vencido por um tumor no cérebro. Konrad Spindler, chefe de um grupo de estudos sobre a múmia na Universidade de Innsbruck e que sabia dos rumores sobre a maldição, morreu aos 66 anos com uma esclerose incontrolável. Mais recentemente, foi a vez de Tom Loy, 63 anos, especialista que estudava o DNA de Otzi, morreu na Austrália de causa desconhecida.

O fenômeno da maldição de Otzi é semelhante ao caso da maldição da múmia de Tutancamon. Em fevereiro de 1923, uma antiga tumba foi aberta no Vale dos Reis, em Luxor, Egito. Os cientistas encontraram o corpo mumificado do jovem faraó e sua máscara mortuária, feita de ouro.

Algum tempo depois da descoberta, o chefe da equipe arqueológica, Lord Carnarvon morreu vitimado por uma moléstia extremamente dolorosa transmitida por mosquito; na época, porém, muitos acreditaram que a causa mortis verdadeira era "a maldição do faraó". Testemunhas acrescentaram que pouco depois da morte de Carnarvon, seu cachorro começou a uivar e gemer morrendo em seguida; a causa é desconhecida. Logo havia rumores de que a maldição era extensiva a todos os membros da equipe arqueológica. Vinte e cinco pessoas, todos europeus, trabalharam no sítio arqueológico; onze jamais entraram nas tumbas.

O pesquisador Mark Nelson, da Universidade Monash da Austrália, decidiu investigar o que aconteceu com os 14 membros daquela expedição que estiveram expostos à suposta maldição. Apurou que haviam morrido bem antes que os outros mas que, entretanto, nada de extraordinário havia nas mortes, satisfatoriamente explicadas. Mark Nelson concluiu que a maldição de Tutancamon era apenas uma superstição.

Entretanto, nem todos pensam assim e fatos, no mínimo coincidências demais, reforçam a teoria da maldição. Além da morte de Lord Carnarvon, há registros de outras mortes com histórico suspeito. No site Egito Online, o seguinte relato, intitulado "A Maldição do Faraó caiu sobre quem profanou sua tumba", informa sobre estas mortes:

"Com manchetes como essa [A Maldição do Faraó caiu sobre quem profanou sua tumba], os jornais da década de 20 vendiam milhares de exemplares, explorando o que parecia ser uma maldição do faraó Tutancâmon. O tesouro seria maldito, e o fantasma do faraó perseguia implacavelmente os responsáveis pela profanação de sua tumba.

A primeira vítima da maldição do faraó seria o próprio Lorde Carnarvon, que morreu em 5 de abril de 1923, no Egito, poucos meses depois da descoberta da tumba. Vitimado por uma infecção, provocada por uma picada de inseto ocorrida quando visitava o túmulo. Morreu em delírio, gritando o nome de Tutancâmon, no momento exato que um black-out inexplicável atingiu a cidade. Pouco tempo depois, seu irmão, o Coronel Aubrey Herbert também morre, e depois, a enfermeira que cuidava de Lorde Carnarvon.

Começava aí, um rastro de morte e terror que se estendia para muito além das areias do Egito: Arthur C. Mace, do Metropolitam
Museum of Art de Nova York; George Benédite, do Louvre de Paris; Richard Bedell, filho de Lorde Westbury. Todos haviam entrado na tumba e encontrado a morte.

A lista continua: Professor Douglas E. Derry; O Doutor Saleh Bey Hamdi, que haviam feito os exames da múmia; Archibald Douglas Reed, que havia feito os Raios-X. Alguns não aguentaram esperar pelo fantasma vingativo do faraó, o egiptólogo Evelyne White, enforcou-se, deixando a mensagem "Pesava sobre mim uma maldição à qual não tenho mais remédio que submeter-me".

Os jornais especulavam, no final, toda a história da descoberta da tumba de Tutancâmon estava repleta de sinais, profetizando as mortes dos profanadores: um dos trabalhadores disse ao escavar o túmulo de Tut-Ankh-Âmon: "Essa gente encontrará ouro e morte"; quando entraram na tumba, na 2ª porta, um aviso de três mil anos: "A morte esmagará com seus golpes a todo aquele que perturbe o sono do faraó".

Um pássaro, que pertencia a Carter, foi morto por uma Naja, e os trabalhadores começaram a ver nesse fato, um sinal que estavam amaldiçoados. Mas, e Howard Carter? Viveu até os 66 anos e, dizem, sua vida nunca mais foi à mesma. Perseguido pela má sorte, nunca mais teve coragem para procurar outros tesouros.

Uma boa coisa acabou acontecendo por causa da suposta maldição, diversos contrabandistas e colecionadores de peças egípcias, devolviam ou doavam aos museus suas coleções, com medo da maldição que se alastrava.

Muito da maldição é só história; se contesta a veracidade do aviso na porta do túmulo, por exemplo. A verdade é que o irmão de Lorde Carnarvon morreu de velhice, e que algumas vítimas do faraó já estavam muito doentes antes da descoberta da tumba. O pânico se alastrou, bastava trabalhar em um museu e morrer para o nome ser automaticamente relacionado com a maldição. Hoje, alguns sustentam a tese da existência de fungos na tumba, lacrada por três mil anos e sem ventilação; ou de algum veneno espalhado pelos antigos sacerdotes nos objetos."

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