Otzi, também conhecido como Homem
do Gelo, também está sendo chamado de "A múmia assassina". Os restos
mortais congelados foram descobertos em 19 de setembro de 1991, por um turista
alemão, Helmut Simon, na fronteira montanhosa entre Itália e Àustria, Alpes do
Ti.
Otzi, também conhecido como Homem
do Gelo, está sendo chamado de "A múmia assassina". O restos mortais
congelados foram descobertos em 19 de setembro de 1991, por um turista alemão,
Helmut Simon, na fronteira montanhosa entre Itália e Àustria, Alpes do Tirol,
na região chamada Vale de Otzi (ou Oetzi), que emprestou o nome à múmia.
A notícia sensacional ocupou
manchetes de todo o mundo: o achado tinha cinco mil e trezentos anos de idade e
estava em inigualável estado de conservação, tanto o corpo quanto os objetos
com ele encontrados, como vestuário e utensílios. Cientistas de todo mundo mobilizaram-se
para extrair do cadáver o máximo de informações sobre a vida do homem primitivo
da Europa Neolítica.
Os primeiros exames começaram a
revelar enigmas intrigantes: as roupas apresentaram manchas de sangue cujo DNA
mostrou pertencerem a quatro indivíduos. Além disso, o crânio, submetido a raio
X, mostrou fragmentos de pontas de flechas. Concluiu-se que Otzi teve morte
violenta, por agressão. Ele morreu aos 46 anos, superando a média de vida de
seus contemporâneos. Possuía tatuagens numerosas e intrincadas sugerindo que o
Homem do Gelo poderia ser um shaman.
A análise dos objetos encontrados
produziu resultados estranhos: as flechas que Otzi portava têm sete mil anos; o
machado, dois mil anos e a pele do gorro que usava, nos Alpes, pertence a um
tipo de caprino que viveu na China, hoje extinto. Estes fatos tornam-se
inexplicáveis diante dos estudos sobre a "geografia da vida" de Otzi.
Em 11 de novembro de 2003, o site da BBC online publicava:
Resgate de Otzi, em 1991
"Cientistas identificaram o
provável local de nascimento de Otzi, o famoso homem do gelo. O antigo caçador
provavelmente passou sua infância no local em que hoje é a vila de Feldthurns,
no Tirol do sul, região de fala alemã no norte da Itália. As evidências sugerem
que as viagens que ele fez durante sua vida ficaram restritas a 60 km de
distância ao sudeste de onde seu corpo foi encontrado.
A múmia congelada de 5.300 anos
foi descoberta após o derretimento de uma geleira na fronteira montanhosa entre
a Itália e a Áustria em 1991. Desde então, cientistas têm feito estudos
detalhados de como ele viveu e morreu. A última pesquisa, publicada na revista
Science, observou átomos isotópicos encontrados nos dentes e nos ossos do homem
de gelo. Eles foram comparados com exemplares de solo e água de uma vasta
região dos Alpes. Minerais da dieta alimentar são depositados no corpo em
tempos diferentes - nos dentes, por exemplo, durante a infância, e nos ossos,
durante a vida adulta. Isso permitiu com que pesquisadores na Austrália, nos
Estados Unidos e na Suíça deduzissem onde Otzi viveu em diferentes fases de sua
vida.
O grupo acredita que seus
movimentos ficaram restritos a alguns vales em uma distância de 60 km a sudeste
de onde o corpo foi encontrado. Ele nunca se movimentou ao norte desse ponto e provavelmente
cresceu no vale de Eisack, no sul da região do Tirol. Diversos sítios
arqueológicos na área delimitada e ao redor da região foram identificados.
Os cientistas acreditam que
Feldthurns é a mais provável região onde o homem do gelo passou sua infância.
Um pouco mais tarde, ele foi para o norte, para as montanhas de Vinschgau,
antes de viajar para o vale de Otiz, onde morreu, aos 46 anos.
Segundo Alexander Halliday, do
Departamento de Ciências da Terra de Zurique, "essa é a primeira vez que
alguém faz um estudo detalhado da migração de um ser-humano no passado".
Parece que ele viveu a maior parte de sua vida em um vale diferente de onde ele
nasceu", acrescentou.
Machado e Gorro ede Otzi: Museo Archeologico dell'Alto Adige, Bolzano (Italia)
A pesquisa revela que o homem do
gelo passou sua infância nos vales ao sul dos Alpes, antes de migrar para o
norte, já na vida adulta. Uma outra opção aventada é a de que o homem do gelo
passou seus verões nas montanhas e os invernos nos vales.Esse é um padrão de
migração que começou no período neolítico e ainda está em prática até os dias
de hoje." [IN http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/
story/2003/11/031031_icemancl.shtml]
story/2003/11/031031_icemancl.shtml]
As limitações físico-espaciais das andanças de Oetzi, tornam muito enigmáticas as características dos objetos com ele encontrados. Partindo do pressuposto de foi um shaman, há teóricos que já cogitam a possibilidade de Oetzi ser um antigo sacerdote pagão, pertencente a algum culto desconhecido e dotado de habilidades sobrenaturais que lhe permitiram viajar no tempo. Admitindo essa hipótese como verdadeira, a todas estas estranhezas, somam-se fatos sugestivos de que a múmia pode estar "enfeitiçada", ou amaldiçoada.
Tal como no caso de das múmias
egípcias, em especial à de Tucancamon, Otzi, se era um místico poderoso, tratou
de "fechar o corpo" com algum tipo de praga vingadora capaz de
aniquilar qualquer um que lhe toque o cadáver. Essas maldições eram comuns
entre os místicos da antiguidade mais remota. Fatos subseqüentes à descoberta
do corpo permitem considerar que a maldição de Otzi está em atividade causando
a morte daqueles que têm lidado com os restos mortais.
A primeira vítima foi o próprio
descobridor, Helmut Simon. Ele havia recebido cem mil dólares como prêmio pela
descoberta. Radiante, resolveu voltar ao Vale. O tempo estava claro, tudo
parecia bem, porém, subitamente, Helmult viu-se envolto em uma imprevista
tempestade de neve. Ele morreu congelado. Foi encontrado caído na mesma posição
em que Otzi foi descoberto. O chefe da equipe de resgate que localizou Helmut
também morreu: ataque cardíaco, uma hora antes do alemão ser enterrado.
Doutor Rainer Henn, que conduziu
a perícia no corpo de Otzi, foi o terceiro, vítima fatal de um acidente com seu
automóvel quando se dirigia a uma conferência científica dedicada à descoberta
do Homem do Gelo. O quarto amaldiçoado foi o montanhista profissional Kurt
Fritz, que organizou uma expedição ao "sítio do shaman". Lá chegando,
de helicóptero, estando em uma área que ele conhecia perfeitamente, foi
surpreendido por uma avalanche e sucumbiu sob a camada de neve. Outro
montanhista que o acompanhava, escapou.
O jornalista austríaco, Rainer
Heozel, lançou um documentário sobre Otzi: morreu em dois anos vencido por um
tumor no cérebro. Konrad Spindler, chefe de um grupo de estudos sobre a múmia
na Universidade de Innsbruck e que sabia dos rumores sobre a maldição, morreu
aos 66 anos com uma esclerose incontrolável. Mais recentemente, foi a vez de
Tom Loy, 63 anos, especialista que estudava o DNA de Otzi, morreu na Austrália
de causa desconhecida.
O fenômeno da maldição de Otzi é
semelhante ao caso da maldição da múmia de Tutancamon. Em fevereiro de 1923,
uma antiga tumba foi aberta no Vale dos Reis, em Luxor, Egito. Os cientistas
encontraram o corpo mumificado do jovem faraó e sua máscara mortuária, feita de
ouro.
Algum tempo depois da descoberta,
o chefe da equipe arqueológica, Lord Carnarvon morreu vitimado por uma moléstia
extremamente dolorosa transmitida por mosquito; na época, porém, muitos
acreditaram que a causa mortis verdadeira era "a maldição do faraó".
Testemunhas acrescentaram que pouco depois da morte de Carnarvon, seu cachorro
começou a uivar e gemer morrendo em seguida; a causa é desconhecida. Logo havia
rumores de que a maldição era extensiva a todos os membros da equipe
arqueológica. Vinte e cinco pessoas, todos europeus, trabalharam no sítio
arqueológico; onze jamais entraram nas tumbas.
O pesquisador Mark Nelson, da
Universidade Monash da Austrália, decidiu investigar o que aconteceu com os 14
membros daquela expedição que estiveram expostos à suposta maldição. Apurou que
haviam morrido bem antes que os outros mas que, entretanto, nada de
extraordinário havia nas mortes, satisfatoriamente explicadas. Mark Nelson
concluiu que a maldição de Tutancamon era apenas uma superstição.
Entretanto, nem todos pensam
assim e fatos, no mínimo coincidências demais, reforçam a teoria da maldição.
Além da morte de Lord Carnarvon, há registros de outras mortes com histórico
suspeito. No site Egito Online, o seguinte relato, intitulado "A Maldição
do Faraó caiu sobre quem profanou sua tumba", informa sobre estas mortes:
"Com manchetes como essa [A
Maldição do Faraó caiu sobre quem profanou sua tumba], os jornais da década de
20 vendiam milhares de exemplares, explorando o que parecia ser uma maldição do
faraó Tutancâmon. O tesouro seria maldito, e o fantasma do faraó perseguia
implacavelmente os responsáveis pela profanação de sua tumba.
A primeira vítima da maldição do
faraó seria o próprio Lorde Carnarvon, que morreu em 5 de abril de 1923, no
Egito, poucos meses depois da descoberta da tumba. Vitimado por uma infecção,
provocada por uma picada de inseto ocorrida quando visitava o túmulo. Morreu em
delírio, gritando o nome de Tutancâmon, no momento exato que um black-out
inexplicável atingiu a cidade. Pouco tempo depois, seu irmão, o Coronel Aubrey
Herbert também morre, e depois, a enfermeira que cuidava de Lorde Carnarvon.
Começava aí, um rastro de morte e
terror que se estendia para muito além das areias do Egito: Arthur C. Mace, do
Metropolitam
Museum of Art de Nova York; George Benédite, do Louvre de Paris; Richard Bedell, filho de Lorde Westbury. Todos haviam entrado na tumba e encontrado a morte.
Museum of Art de Nova York; George Benédite, do Louvre de Paris; Richard Bedell, filho de Lorde Westbury. Todos haviam entrado na tumba e encontrado a morte.
A lista continua: Professor
Douglas E. Derry; O Doutor Saleh Bey Hamdi, que haviam feito os exames da
múmia; Archibald Douglas Reed, que havia feito os Raios-X. Alguns não
aguentaram esperar pelo fantasma vingativo do faraó, o egiptólogo Evelyne
White, enforcou-se, deixando a mensagem "Pesava sobre mim uma maldição à
qual não tenho mais remédio que submeter-me".
Os jornais especulavam, no final,
toda a história da descoberta da tumba de Tutancâmon estava repleta de sinais,
profetizando as mortes dos profanadores: um dos trabalhadores disse ao escavar
o túmulo de Tut-Ankh-Âmon: "Essa gente encontrará ouro e morte";
quando entraram na tumba, na 2ª porta, um aviso de três mil anos: "A morte
esmagará com seus golpes a todo aquele que perturbe o sono do faraó".
Um pássaro, que pertencia a
Carter, foi morto por uma Naja, e os trabalhadores começaram a ver nesse fato,
um sinal que estavam amaldiçoados. Mas, e Howard Carter? Viveu até os 66 anos
e, dizem, sua vida nunca mais foi à mesma. Perseguido pela má sorte, nunca mais
teve coragem para procurar outros tesouros.
Uma boa coisa acabou acontecendo
por causa da suposta maldição, diversos contrabandistas e colecionadores de
peças egípcias, devolviam ou doavam aos museus suas coleções, com medo da
maldição que se alastrava.
Muito da maldição é só história;
se contesta a veracidade do aviso na porta do túmulo, por exemplo. A verdade é
que o irmão de Lorde Carnarvon morreu de velhice, e que algumas vítimas do
faraó já estavam muito doentes antes da descoberta da tumba. O pânico se
alastrou, bastava trabalhar em um museu e morrer para o nome ser
automaticamente relacionado com a maldição. Hoje, alguns sustentam a tese da
existência de fungos na tumba, lacrada por três mil anos e sem ventilação; ou
de algum veneno espalhado pelos antigos sacerdotes nos objetos."
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