Os mistérios sempre cercam nossas mentes quando tratamos de casos
suspeitos, perguntas entram em nossas mentes; será verdade ou será algo
inventado? Como pode alguém ter coragem de fazer certas coisas? Bem essa são
algumas perguntas que formam em nossas cabeças. O caso Alice (sacrifício
humano), sendo um dos mais intrigantes casos de todo Japão, ainda permanece
cheio de dúvidas. De 1999-2005, aconteceu uma série de cinco assassinatos, que
não teriam relação nenhuma entre si se não fosse por uma carta à polícia que o
assassino deixava na cena do crime. Ele deixava uma carta de baralho (O tipo de
carta variava com o crime) em cada local, com o nome “Alice” escrito com o
sangue da vítima.
Poucas pistas foram encontradas, e eventualmente o caso foi trancado.
Sasaki Megumi:
A primeira vítima foi Sasaki Megumi, uma moça de 29 anos, dona de um
restaurante.
Aqueles que a conheciam, descreviam Megumi como uma moça de temperamento
curto e uma língua afiada quando lidava com os empregados. Ela era bem
conhecida pelos seus clientes graças à sua dedicação ao trabalho e excelente
comida. Fora do ambiente de trabalho, Megumi era muito sociável e ia à muitas
festas.
E foi depois de uma destas festas que ela desapareceu. Megumi decidiu
voltar para casa à pé, sendo que estava na casa de um amigo que ficava há
apenas uma quadra de distância, e ela estava um tanto quanto bêbada para
dirigir. Algumas pessoas lhe ofereceram carona, mas ela negou. Megumi foi vista
saíndo da festa à uma da manhã, e foi a última vez que ela foi vista com vida.
Na manhã seguinte, um casal passeando pelo bosque, que ficava há um
quilômetro de distância da casa de Megumi, viu uma trilha de sangue em um
caminho pouco usado do bosque. Curioso, o casal seguiu a trilha, e encontraram
o corpo de Megumi. Ela foi esquartejada, e seus membros foram empalados em
galhos de árvores. O casal chamou a polícia.
Foram os policiais que encontraram a carta de baralho, enfiada na boca
de Megumi. Era um Valete de Espadas, com a palavra “Alice” escrito, como
mencionado anteriormente.
Não havia impressões digitais, nem DNA na cena do crime. Havia vômito no
local, mas a mulher do casal revelou ser dela.
Yamane Akio:
Yamane Akio era um vocalista pouco conhecido de uma banda
que não tocava em outros lugares além de bares. Seus amigos o descreviam como
uma pessoa carinhosa, que nunca levantava a voz para os outros fora dos palcos.
Depois de sua morte, a banda acabou, não tendo coragem de encontrar um novo vocalista.
Akio foi levado de seu apartamento em 11 de Fevereiro de 2001. Seus
colegas de banda foram as últimas pessoas a vê-lo com vida, já que ensaiaram
com ele mais cedo no mesmo dia.
Naquela noite, sua namorada foi visitá-lo, e ficou surpresa em encontrar
a casa vazia. Nos dias que se seguiram, Akio foi dado como desaparecido, e uma
busca por ele começou.
A câmera de segurança do prédio mostrou uma figura encapuzada entrando
por uma porta lateral, saíndo algum tempo depois com um grande saco de lixo de
formato estranho. Essa misteriosa pessoa nunca foi encontrada, e ninguém a vira
pessoalmente no dia do sequestro. Acredita-se que esse homem seja o assassino,
mas seu rosto nunca apareceu nas filmagens da câmera, impossibilitando seu
reconhecimento.
Na semana seguinte, o dono do bar “Yoshida’s” (Onde a banda
constantemente tocava) estava abrindo o local quando se deparou com uma cena
horrenda. Jogado sobre uma mesa, estava o corpo de Akio. Suas cordas vocais
foram arrancadas de sua garganta, e ele havia levado um tiro na cabeça. Sua
carta de “Alice” era um Rei de Ouros e foi encontrada em suas mãos, juntamente
com as cordas vocais arrancadas.
Kai Sakura:
A adolescente Kai Sakura tinha a vida toda pela frente. Ela era uma
garota doce, e muito amada pelos seus colegas e parentes. Ela queria ir para a
faculdade, se tornar uma designer de moda, e faltava apenas uma semana para sua
formatura no Ensino Médio quando ela foi sequestrada.
A família de Sakura tentou insistivamente encontrá-la, e toda a cidade
ajudou na busca pela garota perdida. Seu corpo foi encontrado dois dias depois,
enterrado em uma cova rasa. Não parecia que o assassino queria escondê-la, pelo
contrário, ele marcara a cova com a carta “Alice” dela, uma Rainha de Paus. A
carta estava presa por um palito no topo da cova.
O corpo de Sakura fora horrivelmente mutilado. Os olhos dela foram
arrancados do corpo, a pele esfolada, e a boca cortada. Uma coroa havia sido
costurada à sua cabeça, provavelmente enquanto ainda estava viva. Nenhum crime
sexual fora cometido, tanto pre- quanto post-mortem.
Juntamente com o corpo de Sakura, havia um bilhete, escrito em uma letra
inteligível. O bilhete continha frases desconexas, algumas impossívels de ler.
“A morte é um sonho distorcido”, “Ela vai sempre comandar”, e “Ha!Ha! Aqueles
que morrem são os sortudos.”, eram algumas das frases que estavam escritas,
entre outras. Tentaram reconhecer a letra do assassino, mas sem sucesso.
Oshiro Hayato e Hina:
Estes dois foram as últimas vítimas. Hayato e Hina eram irmãos, e muito
próximos.
Hina era a irmã mais velha, e era muito teimosa. Seu irmão mais novo,
Hayato, era muito esperto, até pulara uma série na escola, ficando na mesma
sala que sua irmã. Os dois raramente brigavam, ao contrário de outros irmãos na
mesma idade que eles.
Os dois foram encontrados mortos em suas camas, em 4 de Abril de 2005. A
causa da morte foi uma injeção letal. A janela do quarto estava aberta, e
deduziu-se que o assassino invadira a casa em silêncio o suficiente para
cometer o crime sem acordar os dois, saíndo da casa logo em seguida. Cada
criança segurava uma carta de Ás de Copas, que, ao serem colocadas lado a lado,
formavam a palavra “Alice”.
Uma pegada lamacenta foi encontrada no carpete, mas estava tão
danificada que foi impossível identificá-la. Essa foi a única pista, fora a
carta, encontrada no local do crime.
Um ano mais tarde, a mãe de Hayato e Hina cometera suicídio por causa da
depressão. O pai deles, que ainda está vivo, faz terapia extensiva para tentar
superar a morte de toda sua família. Até este momento, ele se encontra em
depressão profunda, sendo fortemente medicado.
Consequências:
Um pouco depois da morte dos irmãos Oshiro, um homem chamado Suzuki
Yuuto foi preso pelos assassinatos. Ele era um vagabundo com problemas mentais,
que dizia “não se lembrar” onde estava no momento dos assassinatos. O mais
absurdo de tudo é que ele foi encontrado usando o casaco que pertencia a Yamane
Akio.
Um pouco de sangue que havia na manga deu resultado positivo que era de
Akio.
Yuuto, que estava desesperado à esta altura, declarou que um “demônio
negro sem rosto” havia lhe dado o casaco.
Yuuto foi liberado quando um abrigo de sem-teto disse que Yuuto ficara
por lá na noite do assassinato de Sakura. Como o abrigo ficava longe da casa de
Sakura, não havia como Yuuto cometer o crime e voltar para o abrigo sem ser
notado
fonte: cultura japão
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