sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O CAMINHO DURANTE O LUAR



Existia um lugar que as pessoas moravam perto de uma mata densa que guardava muitas historias sombrias de aparições de espíritos do folclore e criaturas que eram de certa forma conhecida por aquelas humildes pessoas.

            Num certo dia três amigos tramam ir a um igarapé depois das 18h da tarde, a mãe de um deles e tia do outro garoto diz que eles não poderiam sair de perto da casa depois das 18h, pois seria perigoso três garotos com idades entre 10 e 12 anos ficarem andando por aí sozinhos, então eis que tramam sair escondidos para que ninguém perceba a rápida e divertida saída.

            Os garotos saem andando pela rua que os leva ao matagal onde estaria a inocente e proibida diversão. Em uma mata anoitece mais rápido do que na cidade, talvez por conta das arvores não deixarem que a luz fraca do fim de tarde atravesse ao seu interior ou ao silencio ensurdecedor da floresta, enfim, eles estavam lá, caminhando num corredor cercado por arvores e de solo recoberto de folhas e terra úmida que deixava um cheiro familiar no ar. Já se podia ver a lua grande e amarela, um pouco diferente para o rotineiro aspecto que ela apresentava.

            Era estranho, a lua iluminar o caminho quando o sol não conseguira, eis então que algo horripilante ocorre. Um assobio longo e agudo que fez com que nossos personagens tivessem um arrepio gélido subindo lentamente pela espinha e os pelos de seus corpos arrepiassem além de provocar um frio inexplicável no estomago, como se os avisasse que algo iria acontecer.

            O terrível assobio se repete e os garotos viram as cabeças para traz temendo ver o pior, mas não havia nada ali, o agudo assobio se repete mais uma vez mais prolongado dando tempo dos garotos olharem para traz novamente e ao final recobrarem a visão em frente, mas havia um animal estranho que não estava lá antes de olharem para traz, era um enorme porco amarelado com poucos pelos, olhos avermelhados e dentes expostos babando e grunhindo bem alto.

            Os garotos correm daquela criatura assustadora perguntando-se se era realmente real o que estavam vendo, pois era assustador demais para ser verdade. O porco era bem mais rápido do que eles e logo alcanço um dos garotos, o mais velho mordendo- lhe a perna e logo em seguida tentando o arrastar para dentro da escuridão da densa mata, os outros dois garotos voltam para ajudar seu amigo em apuros cacetando aquela terrível criatura varias vezes na cabeça com um pedaço de madeira e uma pedra até que finalmente o menino consegue se libertar das presas daquele incomum porco fugindo em disparada sem ligar para aquele ferimento terrível na perna provocado por aquele animal e saindo depressa da tenebrosa mata ao qual nunca deveriam entrar ao anoitecer.

            Ao chegar, em casa as crianças inventam um historia que a mordida na perna de um deles foi provocada por um cão raivoso, mas a verdade era outra e eles não iam conseguir apagar o que realmente aconteceu de suas mentes.



Autor: Leonardo Victor

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